Barão da Mata - Verdades e Diversidades

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domingo, 18 de setembro de 2011

A TORPEZA E MALDADE HUMANA E AS LEIS

Sei perfeitamente o quanto é improdutivo e inútil reclamar da natureza e da conduta humana.  Mas a questão é que a gente fica acumulando sentimentos de  revolta em decorrência da inaceitação e do inconformismo, por isto não pode deixar de ao menos vez por outra soltar o que fica entalado na alma e, embora saiba que os homens são assim mesmo,  que também somos maus como qualquer outra criatura da espécie, precisamos manifestar toda a nossa indignação e repúdio.  É claro que repudiamos os atos que não praticamos (quando, é lógico, não somos hipócritas), enquanto os outros repudiam de nós pecados que eles não praticam.   O mais importante, todavia, é não deixarmos represado o que sentimos, para que não enfartemos só em pensar em tanta coisa deplorável.
Se há um pecado que eu condeno com todo o meu fervor, todo o meu ódio, todo o meu desprezo, é o fato de a nossa espécie não ter o menor respeito e condescendência quanto às outras espécies, todas indefesas em relação a nós.  O homem assumiu a supremacia do mundo e roubou aos outros animais o espaço, os meios de sobrevivência e a própria vida, com extema crueldade, com uma frieza demoníaca, cínica, sórdida. Todas as outras espécies foram convertidas em utilitários ou meros objetos de prazeres perversos das gentes, como por exemplo o deleite  da pesca esportiva e o exercício de tenebrosa perversidade que há em colocar caranguejos vivos em panelas de água fervente.  Acho que agora qualquer outro exemplo que eu desse para ilustrar tão somente me faria prolixo.
A grande verdade, porém, é que nada diverso poder-se-ia esperar de seres que não respeitam e não são complacentes mesmo com  os da mesma espécie, pois o humano mata seus iguais por quase todos os motivos por que mata os outros animais, com a mesma paz de espírito e a mesma ausência de remorso e de dor de consciência. 
A vida dos animais, sem a presença dos humanos , já é um grande inferno, porque a inteligência dos bichos não lhes permite conhecer ética, moral, misericórida ou bondade, e estes se matam por território, supremacia, fome, fúria, acasalamento e qualquer outro motivo que não me ocorra no momento.  Mas estes, entretanto, são absolutamente perdoáveis, justamente por conta da sua parca inteligência, que os faz inteiramente inocentes.  E é sobretudo por esta ingenuidade que entendo que devem ser zelosamente respeitados.  Entre os animais não há lei senão a do mais forte, mas, repito, isto é perdoável porque a capacidade de entendimento dos mesmos é extemamente limitada, enquanto  entre os homens, não!
Isto mesmo!  Veja onde eu queria chegar: não há também entre os homens lei senão a do mais forte, e as pessoas se matam ou causam prejuízos umas às outras sem o menor pudor!  Repito: não há também entre os homens lei senão a do mais forte!
Não há lei ou justiça, mas apenas embustes cínicos que as pessoas chamam de leis.  Houvesse alguma lei ou justiça, países não invadiriam outros países em inúmeros atos de assassínio e vandalismo, porque uns  LI-TE-RAL-MEN-TE    ROU-BAM   OS   BENS  DOS OU-TROS!    Você acha que isto é mentira?  Então consulte a história universal, veja quantas invasões de territórios e nações aconteceram, acontecem e nunca deixarão de acontecer neste mundo iníquo povoado  de demônios impudentes.  Consulte a história contemporânea e medite para entender as reais intenções de um país quando ataca ou invade um  país mais fraco.   Quantas usurpações de riquezas você viu acontecer nos últimos vinte ou trinta anos, que foram empreendidas sob uma falsa bandeira de defesa à democracia ou a valores morais e éticos?  Quantas, lastreadas e legitimadas por falsas capas de intentos nobres?
Assim sendo, queria que você  respondesse à seguinte pergunta: se os animais realizam, inocentemente, atos vistos como  maléficos, e o homem, por sua vez, sabedor da magnitude de cada ruindade que pratica, realiza  os mesmos atos ou atos ainda piores...(?) se o homem, ciente de que maldade é maldade, pratica-as assim mesmo,  pode em alguma hipótese considerar-se elevado em relação aos chamados irracionais?
Reflita e entenda que a humanidade é malévola e sórdida, portanto chã e baixa se comparada aos animais, mas não deixe  de analisar que a ausência de leis é também uma realidade nada desprezível, além de ser resultante da famigerada natureza humana de que trato aqui neste comentário.  Agora, se você acha que equivoco-me ao falar em inexistência de preceitos legais, responda-me se os mesmas são cumpridos e respeitados igualmente por todas as classes sociais, se as leis são ou não mudadas ou simplesmente estupradas quando contrariam interesses de camadas sociais privilegiadas.
Pense.

2011

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