Barão da Mata - Verdades e Diversidades

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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

EU TENHO A SOLUÇÃO PARA A APORRINHAÇÃO CAUSADA PELOS ENGARRAFAMENTOS

Vivendo o dia-a-dia das rodovias do Rio, Niterói, etc... fico, com o perdão de todos, sem entender como JK tornou-se um mito e uma espécie de deidade no Brasil apesar de ter construído uma cidade (Brasília) para abrigar a capital da República quando poderia perfeitamente ter aproveitado um dos grandes municípios do país, o que sairia bem mais barato e teria evitado o grande transtorno de a nação, endividada após a conclusão da obra, haver ficado mal a se aguentar nas pernas após a conclusão da gigantesca e faraônica obra.  Ficam a meu ver também como um ônus para o nosso ex-presidente os engarrafamentos decorrentes de aquele mandatário haver extirpado a malha ferroviária brasileira para a construção de rodovias e a decorrente implantação das montadoras automobilísticas por aqui.  Não teria sido melhor conciliar as duas coisas: ferrovia e rodovia?  Sem querer me ater a Juscelino, que não conheci por estar com três ou quatro quando findou seu governo, eu, apesar de ter-lhe o maior respeito, sobretudo pela sua morte trágica e tão cercada de suspeitas, não posso deixar de debitar em sua conta  uma parcela de culpa quanto aos engarrafamentos homéricos que vivemos nos dias de hoje.
Mas, já que os congestionamentos são o meu tema, agora vou prender-me a eles.  Como todo cidadão ciente e cioso dos seus deveres cívicos para esta pátria tão magnífica, varonil e de gente tão valorosa, preciso, antes de dar as minhas sugestões, lembrar que após JK o Brasil teve treze presidentes que não deram a mínima para as mazelas das rodovias e dos engarrafamentos.  Do mesmo modo como os estados tiveram mais de uma dezena de governadores, as cidades, uma série de prefeitos, e todos eles deram de ombros para o problema.
E ainda neste momento os governantes e responsáveis pelo trânsito e rodovias não fazem senão trabalhar por reeleição ou maior projeção ou manutenção da atual projeção política.
Assim sendo, num exercício gratuito e desprendido de cidadania e coletivismo, dou aqui minha colaboração. Vamos lá.
Primeiro, os carros particulares deveriam ser fabricados num tamanho bem maior, ou seja, o tamanho de um coletivo, um ônibus desses que circulam por aí.  Você perguntaria: "para quê tanto?" Eu repondo:  para que se possa instalar banheiro, cozinha e camas no veículo e, assim, o motorista e passageiros poderem descansar e ver tevê e ouvir som dentro do carro, além de poderem manter sua vida sexual em dia. Carros imensos e com cortinas do tipo blecaute para manter a privacidade e até mesmo a família poder manter-se unida durante mais horas no dia.   Você vai dizer que a realização do projeto até agravaria o emperramento do trânsito, e eu retruco em dizer o que um governante ou responsável pela área de transportes diria: as retenções iriam continuar mesmo, e além disto os carros ficariam bem mais caros, o que seria ótima para a indústria de automóveis, e a venda dos autos não despencaria porque poder-se-ia diluir o seu preço em duzentas e quarenta prestações.
Quanto aos ônibus, estes poderiam tornar-se imensos minhocões de dez a quinze vagões, porque aí teriam serviços de lanchonete, bar, danceteria, dormitório... Imagine: samba, pagode, rock, funk,  cerveja, uísque, samba-canção, jazz, música clássica... e o grau de conforto e gênero de bebidas ficariam atrelados ao preço e à classe social que mais frequentasse cada ônibus. Tá bom, você vai dizer  que o trancamento das vias ficaria infinitamente pior ainda, mas com sono e lazer a aporrinhação acaba e fim!  Meu papel aqui não é acabar com o congestionamento, mas com a  tensão e aborrecimento provocado por ele.  Isto também movimentaria a economia e traria, para uma única categoria ou não, os benefícios de uma economia incrementada.  Se as classes trabalhadoras não tiverem a sua parte no quinhão, a questão aí é meramente social e política, e aí a gente tenta resolver com greves e política, porque a mim só cabe fazer as viagens agradáveis ou ao menos suportáveis.
Por fim, quero relatar que, de tanto ver pessoas vendendo refrigerantes, cervejas, biscoitos e outros artigos nas retenções, ocorreu-me a idéia da implantação de quiosques a cada cinquenta metros nas autoestradas.  E não só quiosques de comidas e bebidas, mas também os que vendessem roupas, adornos para o lar, cama e mesa, etc... Além disto, para o caso de os olhos dos tripulantes se cansarem do panorama externo, poderiam ser colocadas telas de cinema nos dois lados das estradas.
Brilhante a minha idéia?  Você não acha? Vai insistir em que haveria uma piora insuportável dos engarrafamentos?  Realmente haveria, mas repito que a incumbência que aqui me de dei foi apenas de tornar as viagens palatáveis.  Quanto a acabar de verdade com os congestionamentos, você deve cobrar das autoridades pertinentes, que são bem pagas demais para pensar no caso e resolvê-lo, mas insistem definitivamente em não fazê-los.

2012 

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